>The King of Limbs: Hermético, demasiado hermético
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>Por que eu demorei tanto para dar atenção aos Engenheiros do Hawaii? Se eu acreditasse em destino, que tudo está escrito, que tudo tem uma hora certa para acontecer ou coisas do tipo, certamente encontraria facilmente uma resposta. Mas não, nem tudo tem que ter explicação… Se bem que a companhia da banda tem sido “providencial” nesses últimos tempos… Mas deixemos essa história de destino para lá. O fato é que fui injusta com a banda.
Acho que foi em 2008 que fui “realmente apresentada” aos Engenheiros. Certamente já havia ouvido alguma coisa, mas sem “parar para ouvir”. E, ouvir música sem prestar atenção não é ouvir música (sou chata mesmo!). Acontece que o amigo que me mostrou a banda é daquelas pessoas que querem mostrar tudo ao mesmo tempo, de modo que ele ficava repetindo: “você tem que ouvir essa!” e acabava passando as músicas e não parava em nenhuma. (Bons tempos!)
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Dizem que Porcupine Tree é uma banda de rock progressivo. Não acho, rock progressivo para mim é outra coisa. Claro que há influências do gênero no som da banda, mas penso que essa “classificação” não caiba. Aliás, acho que “classificação” alguma é necessária, só é preciso dizer que o Porcupine Tree é uma ótima banda.
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Eis que finalmente tomo coragem para escrever sobre um dos meus companheiros dos últimos tempos, o álbum solo do Eddie Vedder. Into the Wild já é um velho conhecido, mas tem estado mais presente ultimamente em minhas audições por que… Não sei bem o porquê. Acho que já escrevi sobre isso no blog, que sofro de uma nostalgia musical, que de tempos em tempos algumas das minhas predileções artísticas me acompanham em certos momentos, ficam “descansando” um pouco e depois voltam trazendo outros sabores e a mesma paixão de outrora. Penso que esse seja o caso desse álbum.
P.S.: Já faz um tempo que não escrevo sobre algum disco aqui. A proposta (?) inicial do blog era estar voltado às resenhas musicais, mas as coisas tomaram vários rumos e ao mesmo tempo não tomaram rumo algum.
>2010. 2010. 2010. Curioso quando o ano vai finalizando, não? De repente tudo fica incrivelmente mágico, belo, brilhante. A esperança de algo melhor adentra os corações, embora os esperançosos talvez não saibam o que seja este algo.
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“O Caso Wagner” despertou em mim o (tímido) gosto pela Filosofia, talvez pela inclinação da obra em relação à arte e mais especificadamente, à música. Poderia estender-me em considerações sobre o conjunto da obra, dada a minha admiração por esta brilhante peça literária. Mas por hora, vou me restringir a fazer um breve comentário acerca do trecho citado acima – que me encanta, por sinal.
Quando o li pela primeira vez, foi como se as luzes estivessem sido acesas naquele momento. Estava diante de uma síntese de todos os pensamentos que me aturdiam, de todas as coisas que me incomodavam na arte. Foi como se minhas inquietações houvessem tomado forma.
Infelizmente, é perceptível a “teatralização” das artes, o “suborno” dos puros, a falsidade da música numa sociedade que falta profundidade, exala superficialidade, vive de aparências.
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