Incomunicabilidade

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>The King of Limbs: Hermético, demasiado hermético

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O barulho de um lançamento do Radiohead é inevitável. Os álbuns que sucederam o Ok Computer tenderam a ser recebidos com muito alarde. O que esperar do sucessor do In Rainbows então?
Escrever algo sobre o Radiohead é um caso complicado. Uma banda superestimada. Ótima banda, ótimos músicos. Apenas. Atribuir a eles pioneirismos relevantes ou a responsabilidade de uma “revolução musical” é exagero. O Ok Computer é um disco maravilhoso, mas não divide o tempo em antes e depois do álbum. O Kid A não é a obra-prima do milênio. O Amnesiac se assemelha a uma compilação de B-sides. O Hail to the Thief não é o retorno majestoso às guitarras. O In Rainbows é bom, mas grande parte do alarde engendrado por ele é proveniente da jogada de mestre de sua distribuição. Boas produções, com vários momentos bons e uns poucos ruins.
The King of Limbs vem pra romper com quase quatro anos de jejum de um álbum de inéditas. Chega devagar, carregado por minimalismos, marcado majoritariamente pelo eletrônico e pontuado por texturas peculiares. Depois, a melodia aparece e traz os melhores momentos do álbum. Pena que quando a simplicidade consegue o que o experimentalismo não conseguiu fazer, o álbum já está quase no fim.
O experimentalismo é uma faca de dois gumes. A linha que separa a “liberdade criativa experimental” do “experimentalismo pelo experimentalismo” é bastante frágil. Fugir do usual não é problema. O problema é quando essa fuga deixa a essência fugir. Apresentando dessa forma, parece que é algo particular do experimentalismo. Não é. É algo que toca uma vastidão de temas. Muitas vezes o que parece essencialmente normal, sem espaços vazios, deixa escapar a essência. Minhas insatisfações com o álbum rumam para este ponto: a ausência de essência melódica em grande parte de sua extensão.
É puramente uma questão de gosto pessoal o fato de o álbum me parecer estranho aos ouvidos. E isso não é por falta de experiência auditiva, é que não consigo me aproximar da peças musicais que apresentam essa orientação. A absorção é estranha. Talvez a explicação para esse distanciamento seja meu primor pela melodia. Embora aprecie com certa intensidade a utilização de texturas – largamente utilizadas no álbum –, não as desligo de outros aspectos. Textura por textura somente não funciona. Para mim, experimentalismo por experimentalismo também não. The King of Limbs não é experimental injustificadamente, mas em vários momentos deixa faltar essência melódica.
Faixa-a-faixa:
Bloom
Claustrofobia. Minimalismo em todos os canais, uma confusão sonora pontuada pela voz do Thom Yorke, muitos sintetizadores, uma linha percussiva repetitiva… Claustrofobia é a sensação.
Morning Mr Magpie
Estática, apesar dos movimentos.
Little By Little
Interessante. Ótima harmonia instrumental. Mas ainda me parece estranha os ouvidos.
Feral
Confusa. Base eletrônica e muitos ruídos.
Lotus Flower
A quase-balada do álbum.
Codex
Quando o piano introduziu a minha primeira audição, pensei que seria algo parecido com Videotape. Mas não. Surpreendi-me positivamente. É nesse ponto do álbum onde se recupera a essência melódica que traz o brilho para o álbum. É na simplicidade que Codex vence o ouvinte.
Give Up The Ghost
A anterior já teria feito valer o álbum. Mas a coisa ficou melhor. Give Up The Ghost nos presenteia com sua singela beleza. Transcorre naturalmente, a repetição não é problema.
Separator
A faixa que chega para encerrar esse curto álbum é até simpática, mas falta alguma coisa… Final inconcluso.
Só o tempo dirá se essa descontinuidade melódica enriquecerá ou desfigurará os detalhes sonoros. No fim, de nada valem “produções geniais” que não conseguem comunicar. Esse é o problema da tendência contemporânea de robotizar a música: falta de essência, incomunicabilidade. Seria esse o caso do Radiohead? Para álbuns desse tipo, um tempo de maturação auditiva é necessário.
The King of Limbs: Hermético, demasiado hermético. Aqui, o hermetismo não é por falta de compreensão, é por falta de absorção. Ou para alguns – e nesse ponto me incluo? – por falta do que compreender.

>No Meio de Tudo os Engenheiros do Hawaii…

>Por que eu demorei tanto para dar atenção aos Engenheiros do Hawaii? Se eu acreditasse em destino, que tudo está escrito, que tudo tem uma hora certa para acontecer ou coisas do tipo, certamente encontraria facilmente uma resposta. Mas não, nem tudo tem que ter explicação… Se bem que a companhia da banda tem sido “providencial” nesses últimos tempos… Mas deixemos essa história de destino para lá. O fato é que fui injusta com a banda.
Acho que foi em 2008 que fui “realmente apresentada” aos Engenheiros. Certamente já havia ouvido alguma coisa, mas sem “parar para ouvir”. E, ouvir música sem prestar atenção não é ouvir música (sou chata mesmo!). Acontece que o amigo que me mostrou a banda é daquelas pessoas que querem mostrar tudo ao mesmo tempo, de modo que ele ficava repetindo: “você tem que ouvir essa!” e acabava passando as músicas e não parava em nenhuma. (Bons tempos!)

O tempo foi passando, e volta e meia no “você tem que ouvir essa música” figurava o Engenheiros do Hawaii. Mas eu não tinha a decência de parar para ouvir um álbum. Até que há alguns meses atrás resolvi – não me pergunte o motivo, que não vou saber – dar uma chance à banda. Só não sabia eu que estava dando chances a mim mesma…
Eis a culpada, a canção que me “obrigou” ouvir mais essa banda maravilhosa…

E a que constantamente fica martelando aqui…

>Inverso…

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Curiosamente, minhas trilhas sonoras prediletas – Into the Wild(Na Natureza Selvagem) e Diários de Motocicleta – foram ouvidas antes que eu assistisse aos respectivos filmes. Bem antes, questão de anos.
Porque eu demorei tanto tempo para assistir aos filmes se tinha gostado tanto da trilha sonora? Eu não sei. O que eu sei é que foi interessante ver como a música “se encaixava” em cada cena, como complementava “a atmosfera” do filme, como catalisava as emoções, como se integrava à fotografia… “Conhecer ao inverso” me oportunizou um olhar diferente, o sabor de conhecer novamente o já bastante conhecido. As trilhas trouxeram mais beleza aos filmes, e principalmente, sensibilizaram esse inquieto coração que vos escreve. 
As produções se tangenciam no ponto em que se mostram – pelo menos aos meus olhos – como buscas… Buscas pela verdade, pela liberdade, pelo conhecer, pelo vivenciar. Cada uma apresenta-se a seu modo, obviamente. Mas no fundo, os espectadores que se sensibilizam, o fazem pelo mesmo motivo, porque suas vidas também são cheias de buscas ou desejos de buscas e os filmes parecem acender questionamentos e identificações pessoais.
Essa “aproximação” que as películas permitem com os que assistem ocorre porque os enredos não se desenrolam com distanciamento, poderia ser qualquer um de nós naquelas situações. Claro que há os floreios cinematográficos, mas o que “chega”, o que marca, o que fica em que assiste são impressões humanas, reais. De fato, foram baseadas em fatos reais, mas se não fossem, não importaria, “chegaria” do mesmo jeito. Ouso dizer que se você assiste sem esse conhecimento prévio de que são produções baseadas em escritos de experiências de certos “alguéns”, não pensaria nesse aspecto.
Não sei se isso ocorreu a mais alguém, mas acabo relacionando esses filmes à reflexão da vagueza de certos conceitos arraigados em nós. Liberdade, justiça, sensatez, sucessos, obrigações, progressos, certos, errados, bons, maus… Isso tudo é facilmente moldado pelas morais e inclinado para interpretação mais confortável, não para todas as pessoas, mas para manter intactas as vestes superficiais do jogo de interesses que chamamos de sistema social. Acabamos criando uma “consciência de rebanho” ao aceitarmos essa cadeia de contradições que nos é imposta e nos distanciando das relações humanas, da natureza, da memória viva. Acredite, o simples conhecer pessoas, lugares e histórias nos afasta dos artificialismos e nos faz sentir mais próximos de nós mesmos e de tudo o que nos cerca. 
Para completar, os filmes possuem ambientações belíssimas. Da Natureza Selvagem de Into The Wild à vasta e maravilhosa “América Latina que não é mostrada nos livros”de Diários de Motocicleta. Não poderia deixar de citar esse aspecto, mas não tenho muito a falar dele, é melhor que vejam…
No mais, só dois belos filmes somados à deliciosas trilhas sonoras que lembram que nosso sangue corre em veias e não em fibras óticas. 
Sabe aquela estória de não se julgar um livro pela capa? Acho que isso não se aplica aqui… Podem julgar esses filmes pela trilha sonora…

>Anesthetize, Live In Tilburg

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Dizem que Porcupine Tree é uma banda de rock progressivo. Não acho, rock progressivo para mim é outra coisa. Claro que há influências do gênero no som da banda, mas penso que essa “classificação” não caiba. Aliás, acho que “classificação” alguma é necessária, só é preciso dizer que o Porcupine Tree é uma ótima banda.

Em estúdio, a banda é mais que excelente. A produção, a masterização, a mixagem, os arranjos são impecáveis. É dado ao ouvinte a oportunidade de saborear cada detalhe. Em termos de áudio, a qualidade é indiscutível. Em termos musicais, ficar indiferente é impossível.
Ao vivo, a banda é simplesmente brilhante. Obviamente, as canções não são reproduzidas fielmente às gravações ao vivo. Mas quase. Algumas soam melhor ao show com o acréscimo de arranjos, com a mudança de uma determinada parte… Sem falar na competência dos músicos, no talento dos instrumentistas… Enfim, Porcupine Tree é simplesmente uma banda fantástica ao vivo.
Feitas as apresentações, vamos ao objetivo pretendido: tentar resenhar o DVD Anesthetize Live in Tilburg. O vídeo é o segundo registro ao vivo em DVD da banda, que consiste nas gravações de dois concertos realizados em Tilburg no ano de 2008. O setlist do show é basicamente o álbum Fear of a Blank Planet (maravilhoso, por sinal) por inteiro e algumas músicas de outros álbuns. É um setlist consistente, mas aos olhos dos fãs parece que sempre falta alguma(s) canção(ões)…
Já disse que em estúdio o áudio é impecável. Ao vivo não é diferente. Tudo em seu devido lugar. A iluminação é muito sutil, geralmente luz baixa, algumas cores em alguns momentos. Mas sem exageros. Uns telões compõem o ambiente, mostrando por vezes imagens conceituais, por vezes complementando a ambientação. A qualidade sonora e a qualidade visual fazem deste DVD uma produção belíssima. Complexo e simples ao mesmo tempo.
Também já falei que os músicos são bastante talentosos. Mas tenho que fazer algumas considerações acerca do que observei ao vivo. De início, tenho que ressaltar que, embora sejam instrumentistas habilidosos individualmente, funcionam como um grupo. Nenhum deles quer provar o quanto é bom no seu instrumento, apenas fazer parte da música. Nada contra quem quer mostrar suas habilidades instrumentais, mas a vaidade pode atropelar a música. Às vezes acho que as pessoas confundem virtuosismo com vaidade. Ainda bem que o Porcupine Tree não é assim. Apesar de o Steven Wilson ser o líder e principal compositor, todos os integrantes possuem uma parcela de culpa na banda. Até o John Wesley, que não é integrante oficial, eu vejo como parte do P.T. ao vivo. Ele é uma peça importante, não apenas um músico de apoio. Ótimo guitarrista e dono de uma voz que potencialmente poderia parecer pouca coisa, mas que se encaixa doce e perfeitamente nos momentos em que é colocada. Em linhas gerais, uma banda entrosada, que possui “química”. (N.A. Não gosto da palavra química, mas ela foi necessária aqui).
Passagens acústicas, momentos mais “pesados”, sons atmosféricos, texturas, arranjos de voz belíssimos, guitarras trabalhadas, baixo sólido e consistente, sintetizadores “viajantes”, bateria magnífica nos detalhes. Um pouco do que se vê nesse DVD.
Um registro ao vivo de uma banda de verdade. Pouca luz, algumas imagens ao fundo, amplificadores e equipamentos de som no palco, cinco músicos e seus instrumentos. Sem performances, apenas uma apresentação musical. Do jeito que costumo gostar.

>Into the Wild OST

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Eis que finalmente tomo coragem para escrever sobre um dos meus companheiros dos últimos tempos, o álbum solo do Eddie Vedder. Into the Wild já é um velho conhecido, mas tem estado mais presente ultimamente em minhas audições por que… Não sei bem o porquê. Acho que já escrevi sobre isso no blog, que sofro de uma nostalgia musical, que de tempos em tempos algumas das minhas predileções artísticas me acompanham em certos momentos, ficam “descansando” um pouco e depois voltam trazendo outros sabores e a mesma paixão de outrora. Penso que esse seja o caso desse álbum.

Canções simples, curtas. Não há muitos timbres, não há várias texturas. Apenas violões (ou ukuleles) e a voz rouca e consistente do Vedder em grande parte do álbum. Poucos instrumentos, mas nenhum espaço vazio. As letras são belíssimas, os arranjos são cativantes. Introspectivo, sensível, bonito, instintivo, simples.
Deve ser pelo fato da voz do Eddie Vedder me acompanhar desde o final da minha infância nos mais variados momentos que tenho essa ligação com esse álbum. Essas canções são minha voz em determinados momentos. Ótimas amigas para àquelas horas nas quais se quer respirar, sentir um pouco à brisa, fugir das mentiras…
No filme, as canções encaixam-se nas cenas de modo a encher os olhos, ouvidos e coração. Por falar nisso, o filme é muito bonito, mas é assunto para outro post…
Minha canção preferida do álbum talvez seja Society, que não foi escrita pelo Eddie, mas a sua interpretação… Sou suspeita para falar! (fã de Pearl Jam) Acho que esta em especial reflete “meu estado de espírito” desses dias… “Oh, it’s a mystery to me /We have a greed with which we have agreed /And you think you have to want more than you need / Until you have it all you won’t be free/ Society, you’re a crazy breed / Hope you’re not lonely without me”…

P.S.: Já faz um tempo que não escrevo sobre algum disco aqui. A proposta (?) inicial do blog era estar voltado às resenhas musicais, mas as coisas tomaram vários rumos e ao mesmo tempo não tomaram rumo algum.

>2010, Watch It Go to Fire!

>2010. 2010. 2010. Curioso quando o ano vai finalizando, não? De repente tudo fica incrivelmente mágico, belo, brilhante. A esperança de algo melhor adentra os corações, embora os esperançosos talvez não saibam o que seja este algo.

Apesar de ser apenas a passagem de um dia para o outro, a “virada do ano” é significativamente importante. Preparamos-nos bem para essa época. O típico “Feliz Natal e Próspero Ano Novo” figura constantemente, mas é tão costumeiro que não sabemos quando é verdadeiro ou apenas “por educação”. Talvez saibamos, mas somos obrigados a fingir não saber. Quando eu era criança pensava: “Por que não é feliz sempre – e não apenas no Natal – e próspero para todos?” Ainda penso assim. A diferença é que acho que agora sei as respostas, infelizmente.
Não importa o que aconteceu no decorrer do ano, no fim tudo fica bem. Ouvimos a promessa de um mundo melhor (Quem prometeu mesmo?) e festejamos a prosperidade que nunca chega (talvez chegue para alguns, vai) porque o ano seguinte toma a forma do ano anterior e tudo fica normal outra vez.
A cada ano, colocamos um tijolinho no edifício do progresso. A tecnologia avança, novas maneiras de ultrapassar barreiras são encontradas. O Homem vence limitações, evolui. Mas essa evolução parece ser isolada porque a Humanidade há tempos que não dá sinal de evolução. Basicamente, muda para chegar ficar do mesmo jeito, encontra-se em constante estado de implosão.
O “nosso” progresso é destrutivo. Destrói os homens e a Natureza, mas não parece destruir o nosso orgulho. Orgulho de quê mesmo? Da estúpida evolução do Ser Humano à custa de nós mesmos? Parece que sim.
É mesmo um espetáculo. E essa “magia de fim de ano” parece vir para nos preparar para o espetáculo do ano seguinte. Enquanto o Homem se auto-afirma e orgulha-se do seu progresso, a Humanidade segue queimando lentamente, na esperança de um dia apagar o fogo (não esperemos que ele se apague sozinho ou outros apaguem para nós, certo?). Eddie Vedder tem razão quanto canta: It’s Evolution, Baby!

>#3

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“Que o teatro não acabe por dominar todas as artes.
 Que o comediante não acabe por subornar os puros.
 Que a música não se torne uma arte de mentir.”
                                                Friedrich Nietzsche

“O Caso Wagner” despertou em mim o (tímido) gosto pela Filosofia, talvez pela inclinação da obra em relação à arte e mais especificadamente, à música. Poderia estender-me em considerações sobre o conjunto da obra, dada a minha admiração por esta brilhante peça literária. Mas por hora, vou me restringir a fazer um breve comentário acerca do trecho citado acima – que me encanta, por sinal.
Quando o li pela primeira vez, foi como se as luzes estivessem sido acesas naquele momento. Estava diante de uma síntese de todos os pensamentos que me aturdiam, de todas as coisas que me incomodavam na arte. Foi como se minhas inquietações houvessem tomado forma.
Infelizmente, é perceptível a “teatralização” das artes, o “suborno” dos puros, a falsidade da música numa sociedade que falta profundidade, exala superficialidade, vive de aparências.

>Ah, Lucille!!!!

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    Eu realmente tenho uma relação estranha com a música. Não sei como acontece com outras pessoas, mas quando estou a apreciar (isso implica dizer que estou a sentir) a música, experimento sensações indescritíveis. Eu costumo pensar que o ser humano não absorve a música, mas a música absorve o ser humano. Você pode não perceber, mas se está a ouvir música certamente algo em você muda, nem que seja momentaneamente. Em melhores palavras, a música não é sensível apenas ao aparelho auditivo, é algo que te mobiliza por completo: sentidos, membros, coração, mente, alma(?). Revisita o passado, traz ao presente memórias.
    Talvez esses sejam os motivos que expliquem o fato de em cada período de nossas vidas nos identificarmos com determinado tipo de música, determinados tipos de compositores. O engraçado é que passamos algum tempo sem ouvir algo, mas quando retornamos a ouvir, passamos a sentir de modo diferente, por causa de novas experiências (inclusive musicais), mas com uma paixão nostálgica.
    Estava a reexplorar (como se eu houvesse explorado decentemente) o “mundo blueseiro” e me deparei com uma apresentação ao vivo do BB King. Redundância falar da qualidade da apresentação. Queria apenas destacar minhas reações ao ouvir “Lucille” mais uma vez, depois de um significativo tempo. Quando dizem que música emociona, acreditem, é literal. Meus olhos enchiam-se de lágrimas, meu corpo ficava mais leve, meu coração inquietava-se a cada frase da tão famosa guitarra. BB King me mata. Sing, Lucille!!!!

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