Máquina de escrever
Surpreendente capacidade de escamotear verdades como num jogo de cartas. Dolorosa incapacidade de livrar-me do não dito. Tão dependente e frágil como um mau poeta e sua melhor poesia. Acordei-me? Medo de perder é também medo de nunca ter tido. Que temos? Que sobra além de palavras e palavras que se esbarram no vazio das cores? Que digo eu? Que hora de encerrar? Quando perder o sentido? Quando houve sentido? Quem sentiu o quê?